Crianças que nasceram de parto prematuro apresentaram mais sintomas de déficit de atenção e hiperatividade que os nascidos no tempo considerado adequado, mostra estudo publicado nesta segunda-feira (25) no “JAMA Pediatrics”.
O trabalho teve como primeira autora Helga Ask, do Instituto Norueguês de Saúde Pública. Autores ressaltam, contudo, que trata-se de uma relação. Nesse momento, não é possível dizer que a idade gestacional cause o transtorno.
“Descobrimos que o nascimento precoce está associado a sintomas de TDAH em idade pré-escolar e sintomas de desatenção em crianças em idade escolar”, escreveram os autores.
Um dado importante é que os autores diferenciaram o e TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade) de sintomas de desatenção somente.
A partir disso, cientistas observaram que o parto prematuro pode contribuir para aumentar risco de TDAH na pré-escola (por volta dos 5 anos) e de desatenção na idade escolar (por volta dos 7 anos).
A relação faz um alerta para que a ciência olhe mais atentamente para como a idade da gestação interfere no cérebro e no desenvolvimento de distúrbios psiquátricos.
O estudo também mostra, segundo pesquisadores, a importância de atendimento personalizado para crianças prematuras. Uma intervenção poderia ser util para a prevenção das condições observadas.
Pesquisadores selecionaram 113.227 crianças – desse indivíduos, 33.081 eram irmãos. Depois, participantes foram divididos em grupos a depender do tempo de nascimento:
Por fim, cientistas avaliaram o surgimento de TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade) e também de sintomas de desatenção somente. Para a análise, eles cruzaram os dados de sintomas com a idade gestacional.
Na idade pré-escolar, a relação entre TDAH e parto prematuro foi mais comum em meninas (Foto: Paramedic65/Pixabay/CC0 Creative Commons)
Nos resultados, cientistas não só viram maior presença de sintomas nos nascidos precocemente como também perceberam que a diferença foi mais pronunciada em algumas idades:
Os autores do estudo no “JAMA Pediatrics”, em conclusão, assinalaram para a importância de pesquisas que avaliem o impacto do parto prematuro. Eles também pontuaram a necessidade de mais estudos que avaliem a diferença por gênero encontrada.
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