Duas advogadas, de 29 e 24 anos, relataram em boletim de ocorrência da Polícia Civil de Piracicaba (SP) que elas e outros quatro amigos foram agredidas por Guardas Municipais durante abordagem realizada na madrugada deste sábado (23). Uma delas relatou ainda que filmava a ação com o celular e teve o aparelho destruído pelos agentes. “Pediram a senha de desbloqueio e quando eu neguei jogaram o celular do chão”, disse. A corporação negou as acusações.
O boletim de ocorrência foi registrado por resistência, drogas para consumo, desacato, abuso de autoridade e dano às 3h45 deste sábado após abordagem no bairro Pauliceia em Piracicaba.
Ao G1,as mulheres contaram que questionaram o motivo da abordagem e os guardas foram violentos. Segundo elas, os agentes as agrediram, bem como uma estagiária de 19 anos, um técnico e um estudante, ambos de de 21 anos, e um advogado, de 32.
Os guardas também pegaram os celulares das outras pessoas, de acordo com as jovens. O grupo disse também que foi levado algemados para a delegacia. “No caminho, ainda pararam para calibrar o pneu em um posto conosco dentro do carro”, relataram.
Na delegacia, segundo registro da Polícia Civil, quando o grupo questionou sobre os celulares, os guardas negaram terem pego os aparelhos, o advogado acusou os agentes e foi preso por desacato de autoridade.
“Todo mundo apanhou e sofreu abuso de autoridade”, afirmou uma das advogadas. “Forjaram a existência de drogas em nossas bolsas e nos abordaram porque somos advogadas populares”, disseram.
Os agentes da Guarda relataram ao G1 que encontraram três porções de maconha e um cachimbo com o grupo e que o advogado confessou ser dono dos entorpecentes. Eles negam ter forjado as drogas, pois elas foram encontradas em mochilas. Eles disseram que receberam denúncias de que haviam pessoas usando entorpecentes no local e foram recebidos com hostilidade pelo grupo.
Sobre a acusação do sumiço dos celulares, os Guardas relataram que a acusação só surgiu no final da ocorrência e que se houve a perda dos aparelhos, eles ficaram na rua ou nos veículos do grupo, que ficou no local.
O G1 tentou contato com a Prefeitura de Piracicaba para obter informações sobre possível abertura de sindicância administrativa do caso, mas não conseguiu contato até a publicação desta reportagem.
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