O Famoso “mau jeito” pode ter sido o motivo pelo qual Marcelo, lateral-esquerdo da Seleção, deixou o campo no início do jogo do Brasil contra a Sérvia nesta quarta-feira (27). O nosso camisa 12 apresentava claros sinais de dor aguda — como bem demonstra a imagem acima — mas a recuperação deve ser rápida, avalia ortopedista.
De modo geral, a depender do “mau jeito”, doi muito e assusta, mas não há motivo para grandes preocupações em uma pessoa sem uma doença prévia. Essa é a avaliação de Ricardo Munir Nahas, médico do esporte, ortopedista e chefe do Centro de Medicina do Esporte do Hospital 9 de Julho (SP).
“É uma especulação, mas conhecendo quem está lá, e o fato de ter sido no início do jogo, ele deve ser recuperar bem” — Ricardo Munir Nahas.
Marcelotwelve ✔@MarceloM12 Obrigado a todos pelas mensagens!!! Graças a DEUS nao foi nada grave!!! Em pouco tempo estarei de volta!!! Muito feliz com a vitória!!!#M12
✔@MarceloM12
Obrigado a todos pelas mensagens!!! Graças a DEUS nao foi nada grave!!! Em pouco tempo estarei de volta!!! Muito feliz com a vitória!!!#M12
Quando Marcelo deixou o campo, a CBF divulgou tratar-se de um “espasmo na coluna”, uma contração involuntária do músculo.
O ortopedista explica que, pela característica do espasmo, o evento se assemelha ao famoso “mau jeito” — condição comum em áreas muito acionadas para o movimento, como as regiões do pescoço e da lombar.
Com o tratamento adequado, explica Nahas, a recuperação total começa a ocorrer em dois dias. De fato, Marcelo disse que “em pouco tempo estará de volta” em tuíte em que comemorou a vitória contra a Sérvia na quarta-feira (27).
No “mau jeito”, explica Nahas, o músculo se contrai para proteger a articulação. “É um aviso para que o movimento seja interrompido. Não dá mais para se mexer, não dá para jogar. É aí que as pessoas mancam, não conseguem mais rotacionar a coluna, etc..”
O mau jeito pode ocorrer, segundo o especialista, em situações em que o cérebro envia dois comandos simultâneos e contraditórios ao músculo em um curto espaço de tempo — como se fosse uma espécie de “bug” entre cérebro e músculo. Nesse tipo de mau jeito, o caso pode ser mais grave, com o rompimento do músculo.
O ortopedista Ricardo Munir Nahas exemplifica a situação:
“Suponhamos que você ia chutar a bola, mas chega alguém e corta. O cérebro, então, muda o comando e você desiste de chutar.”
“São duas ordens quase simultâneas: ‘chuta e não chuta’. Essa contradição faz com quê o músculo não fique alinhado à ordem. Isso pode dar o famoso mau jeito e travar tudo.”
Não há muito como evitar esse tipo de espasmo, que pode ocorrer com qualquer um. “A não ser que ele ocorra repetidamente. No caso de um escritório, por exemplo, é preciso analisar o mobiliário”, diz.
O tratamento é feito com o controle da dor: relaxante muscular, analgésico ou anti-inflamatório aliviam o desconforto imediato — como foi feito com o Marcelo assim que a dor surgiu.
“O controle da dor, no entanto, deve ser aliado a um período mínimo de repouso para que o espasmo não vire uma lesão”, conclui o especialista.
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