A Prefeitura de Piracicaba (SP) pediu autorização do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) para que os comércios da cidade possam abrir por 12 horas durante o período de vendas de Natal.
A partir desta quarta-feira (9), o começo de rua da cidade pode funcionar no máximo dez horas, devido à regressão da região para a fase amarela do Plano São Paulo, que regulamenta a quarentena em prevenção à pandemia do coronavírus.
Dentro do período entre 9h e 21h o comerciante tem permissão para definir quando quer realizar o expediente de dez horas. A indefinição preocupa lojistas.
“Porque o mês de dezembro é o mês mais esperado de vendas. Então, a gente já teve um ano muito conturbado sobre horário. E essa indefinição fica ruim tanto para o funcionário quanto para os nossos clientes, porque a gente não tem horário concreto”, afirma a gerente de loja Clausia Lopes da Silva.
“E aí acaba diminuindo bastante o nosso fluxo. Porque não tem como eu estender meu horário até as 22h e ficar só eu aqui na [Avenida] Governador [Pedro de Toledo] aberta, correndo o risco de ser roubada, de ser assaltada, enquanto as lojas podem fechar”, diz a também gerente de loja Aline Minas.
Movimento em área comercial de Piracicaba — Foto: Edijan Del Santo/ EPTV
Também há consumidor sem saber ao certo qual horário de funcionamento de cada comércio. “É ruim sim porque bastante gente compra presente, essas coisas”, avalia a diarista Michele Fernanda.
“Tem que decidir logo isso aí, né. Mas eu acho que se abrir das 9h até as 18h eu acho que está excelente”, sugere a dona de casa Rose Godoy.
O sindicato do comércio, Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e associação comercial de Piracicaba aguardam uma decisão da prefeitura, que disse que ainda não teve retorno do Ministério Público por causa do feriado prolongado na cidade.
Já o sindicato dos empregados do comércio disse que não teve acordo com o sindicato patronal para que seja pago um abono adicional para o comércio funcionar em horário especial nesse fim de ano.
O vice-presidente do sindicato, Roberto Previde, disse que o contrato dos trabalhadores já determina o horário de trabalho e não pode ser alterado. Segundo ele, as empresas que deixarem de cumprir poderão ser processadas judicialmente e pagarão multa.
Diante disso, a EPTV, afiliada da TV Globo, voltou a pedir uma posição para o sindicato patronal, que ainda não nos respondeu.
Presidente da CDL, Reinaldo Pousa afirmou que o atraso para firmar um acordo coletivo junto aos funcionários do comércio também se soma ao impasse.
“Nós temos empresas que estavam preparadas pra contratar 40 funcionários para trabalhar agora em dezembro e foram obrigadas a abortar por não saber a definição do horário, entendeu? E isso já deveria ter sido feito lá atrás”, afirmou.
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