A Polícia Civil mudou a linha de investigação sobre o triplo assassinato na casa da família Meneghetti, em Piracicaba (SP), há cinco anos. Em fevereiro de 2011, os empresários Cláudio e Lilian Meneghetti, além da empregada do casal, Suzana Aparecida Parente Felipe, foram mortos durante um assalto na residência onde moravam.
Nesta segunda-feira (11), o delegado seccional do município, João Sérgio Marques Batista, afirmou que o caso não foi encerrado e os investigadores trabalham com outras hipóteses.
No entanto, o seccional não informou detalhes sobre as mudanças na investigação e apenas confirmou que a Polícia Civil conta com a ajuda de familiares dos empresários, como o irmão de Cláudio, para desvendar o caso. “Estamos trabalhando em outra linha de investigação. O caso não foi encerrado em momento algum, ele apenas continua”, afirmou João Sérgio Marques Batista.
O G1 tentou contato com o irmão de Claudio, mas até a publicação não obteve retorno. O delegado confirmou que a busca pela identificação dos suspeitos está em andamento, mas que não pode dar mais informações para “não atrapalhar as investigações”.
Relembre o crime O casal teve a casa invadida no dia 15 de fevereiro, no bairro Vila Rezende, por criminosos que mataram a empregada asfixiada com um saco e um fio de telefone. Um sobrinho de Cláudio e Lilian encontrou a funcionária morta em um dos cômodos da casa.
Os suspeitos fugiram levando o casal, os equipamentos do circuito de segurança e uma caminhonete. Da residência, os autores levaram também uma TV, computador e fizeram dois saques no valor de R$ 2 mil cada um da conta bancária do casal.
Dois dias após a morte da empregada e o sumiço do casal, a caminhonete da família foi encontrada abandonada a duas quadras de distância da residência das vítimas. Os corpos foram encontrados onze dias após através da denúncia de um trabalhador rural.
O corpo do casal foi encontrado já em estado de decomposição, no dia 26 de fevereiro, em um canavial no distrito de Ártemis.
Suspeito Em outubro de 2011, um possível suspeito do crime foi preso no litoral de São Paulo. De acordo com o delegado à época, João Batista Vieira Camargo, o homem estava com um celular que pertencia às vítimas e foram levados pelos autores. O suspeito, de 29 anos, era procurado por outros dois homicídios, mas nenhuma relação como Caso Meneghetti foi comprovada.
Arquivamento do caso Perto de completar um ano do crime, a Polícia Civil pediu ao Ministério Público Estadual o arquivamento do inquérito. “Esgotaram-se todas as possibilidades de se chegar a um autor”, disse o delegado seccional de Piracicaba na época, João José Dutra.
Diante da solicitação, o MP tinha três opções: indiciar algum culpado, que não foi o caso; arquivar o inquérito ou devolvê-lo para a delegacia; e solicitar mais investigações, o que de fato ocorreu. Em maio de 2012 o pedido de arquivamento do caso foi negado pela Vara Criminal e pela Promotoria, que exigiram novas diligências e devolveram o inquérito para a Polícia Civil.
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