Você já deve ter assistido a um filme ou seriado de comédia em que o personagem vai ao dentista, respira um gás esquisito e não só fica calmo na cadeira do profissional, como feliz da vida. O gás do riso, como popularmente ficou conhecido, é, na verdade, uma forma de sedação.
“Ao inalar, o paciente fica mais calmo e relaxado, menos ansioso durante o procedimento”, explica a cirurgiã-dentista Ana Paula Pasqualin Tokunaga, autora do blog Medo de Dentista. O que sai da máscara é uma mistura de dois gases, oxigênio e óxido nitroso, que não substitui a anestesia bucal, mas diminui a sensibilidade à dor.
A razão mais comum para o uso de sedação no atendimento odontológico é o controle do medo, que faz com que muitos pacientes se aterrorizem com o barulho dos aparelhos e até o cheiro do consultório. Mas até crianças e pessoas com transtorno mentais podem se beneficiar do gás, já que conseguem manterem-se calmas para receber o tratamento.
Para sedar o paciente com o gás, o cirurgião-dentista precisa estar habilitado. “É necessário fazer um curso de carga horária mínima de 96 horas, realizado por uma instituição autorizada pelo Conselho Federal de Odontologia”, explica Ana Paula. A medida garante que o paciente seja corretamente medicado e não coloque a saúde em risco. “Apesar de essa ser uma mistura segura, qualquer tipo de sedação, se não ministrada de forma controlada e monitorada, pode causar depressão respiratória”, diz a profissional.
Quem não pode usar O efeito do gás inicia tão rápido quanto termina, mas dependendo do atendimento, o cirurgião-dentista pode utilizá-lo por horas seguidas. Mesmo sob efeito da mistura gasosa, o paciente fica acordado o tempo todo e responde a estímulos físicos e verbais. “Quem utiliza não precisa de acompanhante, porque o gás é facilmente eliminado pelo organismo. O paciente não fica tonto depois do uso”, diz Ana Paula.
A sedação consciente, porém, tem contraindicações: não pode ser usada em pessoas com obstrução das vias aéreas superiores, com doenças pulmonares crônicas severas (como enfisema ou bronquite), em pacientes psicóticos ou que fazem uso de drogas psicotrópicas e gestantes no primeiro trimestre da gravidez.
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