Os médicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mortos na sede de Piracicaba na terça-feira (24), serão enterrados na manhã desta quarta-feira (25), no Cemitério Parque da Ressureição. Jorel Bottene, de 52 anos, matou o colega, Deives Dias de Oliveira, de 40, e depois se matou dentro do refeitório da unidade. A Polícia Civil apura a possibilidade de desentendimento profissional entre os dois.
O velório de Oliveira, que foi secretário de Saúde interino em 2013, acontece na Câmara de Vereadores. Já Jorel Bottene é velado em uma das salas do cemitério. O prefeito de Piracicaba, Gabriel Ferrato (PSB), decretou lutou oficial de dois dias pela morte dos dois profissionais.
O crime aconteceu no refeitório da unidade, que fica na Avenida Doutor Paulo de Moraes, no bairro Paulista. O médico baleado morreu no local, enquanto o atirador foi socorrido, mas chegou sem vida ao hospital.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, Jorel Bottene era clínico geral e não estava na escala de trabalho desta terça. Ele chegou à unidade do Samu e atirou quatro vezes contra Oliveira, que era coordenador da Central de Vagas do Sistema Único de Saúde (SUS) de Piracicaba.
Investigação Segundo o delegado Ruy Luiz Ramires, responsável pelo inquérito, a irmã de Bottene informou à investigação que ouviu o médico comentar que estava chateado com o colega e que vinha sendo perseguido, o que aumenta a chance da motivação do crie ser um desentendimento profissional.
No entanto, Ramires afirmou que a polícia vai analisar outras possibilidades e, por enquanto, não descarta nenhuma suspeita – inclusimve a de um envolvimento de uma terceira pessoa ou um crime passional.
“Vamos investigar com certeza se uma terceira pessoa incentivou o médico a fazer isso ou até se pode ser um crime passional. No momento não podemos descartar nada, mas a primeira possibilidade é uma briga profissional”, disse o delegado.
Arma do pai De acordo com a Polícia Civil, a arma usada pelo médico, uma pistola 6.35, era do pai dele. Uma técnica em enfermagem que trabalha no Samu de Piracicaba contou à investigação que estava na central e ouviu o barulho dos tiros.
Ela disse aos policiais que foi até a cozinha para ver o que estava acontecendo e encontrou Oliveira caído e Bottene também no chão e com a arma na mão. Procurada pelo G1, a testemunha não quis comentar o assunto.
A EPTV, afiliada da Rede Globo, entrou em contato com a irmã de Bottene, que levou o médico até a unidade do Samu nesta manhã, pouco antes do crime. Ela também não quis falar sobre o caso com a reportagem.
O crime Os tiros atingiram Oliveira em uma das pernas, no tórax, no abdômen e na cabeça, conforme a secretaria de Saúde do município. Em seguida, Bottene atirou contra o próprio peito. Ele foi levado pelos colegas de Samu até a Santa Casa da cidade, mas morreu a caminho do hospital.
O secretário de Saúde de Piracicaba, Pedro Antonio de Mello, lamentou o ocorrido. Segundo ele, desavenças pessoais podem ter motivado o crime.
“Eram profissionais de alta qualidade e, inicialmente, não havia registros de conflitos entre eles no trabalho. É muito triste, nada que tenha acontecido justifica essa tragédia”, disse.
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