Pela primeira vez em 20 edições, o tradicional Bloco da Sapucaia comercializou abadás e áreas vips. A organização esperava reunir um público de até 20 mil pessoas, no entanto, conforme Renato Sampaio, presidente da Amigos da Sapucaia, o bloco este ano reuniu de 6 a 7 mil pessoas até às 18 horas deste sábado (18) e poderá reunir no máximo 10 mil pessoas até o fim da noite. Confira as fotos da festa
Os foliões se encontraram na Rua Moraes Barros, local de concentração antes do desfile e seguiram com o trio elétrico até a Rua Silva Jardim . A dispersão está prevista para às 22h.
Para a dona de casa Leila Black Bettonhi, de 67 anos, este ano tem menos pessoas no bloco.
“Ano passado passado estava mais gostoso”, diz ela que participa pela segunda vez da festa. A idosa disse ao G1 que sempre gostou de comemorar o carnaval e que não perdeu o “pique”.
Já para André Marcom, de 32 anos, a cobrança de abadás descaracterizou o desfile de pré-carnaval. “Acabou a Sapucaia. Se tivessem deixado como estava, mas aumentassem a segurança, seria melhor”, afirmou. Ele disse que o bloco já tinha agentes de segurança, mas que este ano está reforçado.
Luis Gustavo frequenta o bloco pela segunda vez e disse ao G1 que acha um absurdo a cobrança de abadás. “Precisava aumentar a segurança e não ser paga”, opinou. No entanto, ele disse também que apesar da cobrança, continua prestigiando o evento. “Como a gente ama, a gente prestigia da mesma forma”, contou.
Maria do Carmo frequenta o bloco há mais de 10 anos e disse que a movimentação de foliões este ano está “mais fraca” que nos anos anteriores.
“Não acho que vai ter mais segurança e acaba afastando as pessoas”, argumentou.
Todos na Pipoca Com abadás sendo vendidos ao preço de R$ 30 a R$ 120, os foliões estão preferiram a “pipoca”, nome dado ao local onde não há cordas e nem exigência do uso de abadás. Conforme constatou o G1, as áreas onde há necessidade de abadás ficaram vazias e o público se concentrou na “pipoca”.
“Nois num vamo pagaR nada!” Estreante no pré-Carnaval de Piracicaba, o “Bloco Pira Pirou – Nóis num vamo pagaR nada!” também desfilou neste sábado (18). O bloco foi criado para ser uma alternativa para os foliões que estão descontentes com as mudanças no Bloco da Sapucaia, segundo os organizadores.
A Prefeitura não enviou agentes de trânsito ou a Guarda Municipal da cidade para o estacionamento da Estação Paulista, local de concentração do Pira Pirou. Sobre isso, a organização disse que acabou prejudicando os foliões, já que o carro de som terá que ir desligado durante o desfile até o Largo dos Pescadores.
Os organizadores também disseram que não precisaram de nenhum tipo de autorização para realização da festa.
“A manifestação cultural não precisa de licença”, disseram. Sobre a diminuição do público da Sapucaia, um dos organizadores do Pira Pirou disse que é resultado das restrições impostas, citando a restrição de entrada com a revista dos foliões e a restrição econômica.
A educadora Mayra Kristina estava na folia e disse que o movimento foi uma forma de protesto. “É uma forma de protestar alegre”. Sobre a venda de abadás na Sapucaia, Mayra disse que não concorda porque não teve diálogo com a população.
Já o arquiteto Eduardo Paribello, de 24 anos, disse que ficou sabendo do evento através de redes sociais. Ele disse que a diminuição dos foliões da Sapucaia é a “deixa” para não cobrarem abadás na próxima edição.
“Eles podiam aproveitar que não deu certo e não fazer ano que vem”, brincou.
A concentração foi no estacionamento ao lado da Estação da Paulista, entre as ruas Alferes José Caetano e Rosário, a partir das 15h. O encerramento será no Largo dos Pescadores, na Rua do Porto, com a participação do Maracatu Baque Caipira.
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