Conta-se que um excelente nadador tinha o costume de correr até à água e molhar somente o dedão do pé antes de qualquer mergulho. Alguém intrigado com aquele comportamento lhe perguntou qual a razão daquele hábito. O nadador sorriu e respondeu: Há alguns anos eu era um Professor de natação de um grupo de jovens. Eu os ensinava a nadar e a saltar do trampolim.
Certa noite, eu não conseguia dormir e fui à piscina para nadar um pouco. Hoje, recordo-me que aquela noite estava muito quente… e por ser o Professor de Natação da escola há mais de 10 anos, mantinha as chaves comigo. Resolvi nadar um pouco para afastar o calor e pensamentos estranhos. Lembro-me que era uma noite iluminada por uma lua brilhante, cheia e muito linda. Caminhei devagar até a escola, abri a porta e como conheçia cada centímetro daquele lugar, nem me preocupei de acender a luz. Fui em direção a escada que leva ao trampolim… senti o corrimão frio de alumínio… lentamente fui subindo cada degrau, não tinha pressa alguma…. e confesso que nunca havia sentido tal emoção…
Ao chegar ao fim da escada, caminhei até a base do trampolim de concreto… sabia que estava a mais de 3 metros de altura… sabia a distância exata da água… eu sabia tudo sobre saltos… eu sabia tudo… Subitamente minha atenção foi desviada para uma luz que vinha de uma janela a minha frente… era a luz da lua que brilhava através do teto de vidro. Quando estava sobre o trampolim, vi minha sombra na parede em frente. Abri os braços e vi refletido às minhas costas um “homem com os braços abertos em forma de cruz”.
Engraçado… Eu que nunca fui religioso, pensei na cruz de Jesus Cristo e em seu significado. Quando criança aprendi um cântico cujas palavras me vieram à mente e me fizeram recordar que Jesus tinha morrido para nos salvar por meio de seu precioso sangue. Lembrei-me de minha mãe contando a história de um menino que nasceu há mais de 2000 anos e cuja missão era ensinar-nos a amar o nosso próximo como a nós mesmos… e, lembro-me de que ele não foi muito compreendido e morreu assim.. como essa sombra na parede… de braços abertos… em uma cruz…
Que estranho! Parecia que eu via seu rosto… que brisa é essa? De onde será que vinha essa brisa refrescante…??? Não sei quanto tempo permaneci ali de braços abertos, contemplando a minha sombra na parede Só sei que cada vez mais sentia uma paz… paz absoluta… paz de espírito. Desisti de pular… nem eu sei porque… Talvez a brisa, a paz, talvez o rosto daquele homem, talvez a cruz, não sei… Somente resolvi descer os degraus sem pressa… parecia que eu estava sendo conduzido… leve… Ao chegar a beira da piscina resolvi ver se a água estava gelada. Abaixei-me e estiquei meu braço… Espanto!!!
Não senti a água… sentei-me e coloquei os dois pés dentro da piscina… não senti a água… levantei-me e procurei o interruptor para acender a luz. Acendi e vi que o pessoal da manutenção havia esvaziado a piscina depois da última aula… Tremi todo e senti um calafrio na espinha. Se eu tivesse saltado, seria meu último salto. Nesse dia eu senti que Jesus existe, que seus anjos estão ao nosso lado em todos os momentos, que precisamos apenas silenciar nossos medos, nossa ansiedade, nosso egoísmo, nossas queixas que não acabam nunca… E assim pensar em seu ensinamentos.
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