(CD volume 9)
Muito se fala a respeito do amor que os cães tem por seus donos e essa pequena história é mais uma que representa de forma fantástica a grandiosidade desse amor!
Havia um rapaz cheio de vida que pertencia a uma família cheia de amor… sim, um ambiente propício para se instalar a mais plena felicidade! E ela estava lá! sim, estou falando da felicidade, aquela que tantos procuram e nem sempre encontram, talvez por procurarem onde ela jamais estaria, ou seja, fora de nós.
Mais voltando à história, aquela família tinha um cão! É, porque pra ser uma família perfeita, ela precisa de um cão, mesmo que seja um genérico, fura saco, vira-latas (que pra mim são os mais amáveis). E o cãozinho estava lá, vivendo radiantemente como um dos membros da família e sendo tratado como tal.
Seu dono era o rapaz dessa história, todos os dias quando saia para o trabalho brincava com o pequeno Tobi, como era chamado o cãozinho. Enquanto as horas do dia iam passando, Tobi se distraia com os demais membros da família, dava suas cochiladinhas e assim o dia ia passando. No final da tarde quando seu dono voltava, já encontrava Tobi saltitante e feliz, como se fosse um encontro esperado a anos.
Bem essa era a rotina de Tobi, até que um dia seu dono não voltou! Naquela tarde Tobi se viu confuso com a correria que de repente tomou conta da casa, eram 5 da tarde mais ou menos, e o pequeno cão se viu em meio as demais pessoas da família, todas em desespero, todas chorando e Tobi no meio de todo aquele drama se quer imaginava que o motivo era a notícia recebida por telefone quando todos foram informados a respeito de um acidente automobilístico no qual o dono de Tobi havia se envolvido. O rapaz tinha sido encaminhado para o hospital em estado gravíssimo e todos foram pra lá, menos Tobi.
O pequeno cão ficou em casa apreensivo mais sem imaginar o que estava acontecendo, sabia que alguma estava errada, mais o que seria? Onde estava o rapaz de quem ele tanto gostava?
Infelizmente o pior aconteceu, o rapaz não resistiu aos ferimentos e faleceu! Do velório até o sepultamento mais um dia de angustia para Tobi que ficou em casa sozinho na esperança de ver seu dono voltar, Todos voltaram menos ele, por quem Tobi tanto aguardava.
Os dias e os meses passavam e o cãozinho alí esperando, ora na janela enquanto a chuva caia, ora no sofá enquanto o inverno castigava, ou então na varanda quando o verão se fez presente. Os dias de espera machucavam o coração do pobre Tobi, muita gente passava, mais quem ele mais queria… não!
Até que numa tarde de sol, Tobi deitado na varanda, em posição de espreita, com os olhos atentos, observando cada pessoa que passava em sua calçada, viu um homem alto, bem trajado de barba por fazer, com o paletó nos braços.. bem, aquele homem passou em frente ao portão da casa e Tobi instintivamente se levantou como se tivesse visto alguém que conhecia muito bem e correu para o portão latindo como se quisesse chamar a atenção daquela pessoa.
O homem ouviu os latidos, parou, olhou para traz como se também conhecesse aquele cãozinho, mais virou-se e continuou andando, Tobi continuou latindo, ele parou novamente, olhou para Tobi que parecia querer dizer algo, mais claro ele jamais entenderia e assim seguiu seu caminho. O cãozinho de cabeça baixa, lentamente voltou para dentro da casa, pulou para poltrona que ficava ao lado de um porta-retratos onde podia se ver a foto de seu dono com Tobi nos braços… o cãozinho parecia chorar!
Na verdade, aquele homem que acabara de passar pela calçada tinha alguma coisa que merecia realmente chamar a atenção de Tobi, ele carregava no peito o coração do seu antigo dono que antes de morrer havia decidido doar seus órgãos, mais nem ele e sequer nós poderíamos ter a sensibilidade que aquele cão teve para perceber algo tão profundo.
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